Após o anúncio da abertura de concessão para operação e manutenção do Elevador Lacerda, aliado à promessa de que a tarifa pule de R$ 0,15 para R$ 0,50 (mais de três vezes mais caro), a população já começou a manifestar sua insatisfação. Nesta quarta-feira (14), um grupo de mais de 300 pessoas já aderiu ao protesto promovido na rede social Facebook intitulado “Não à privatização do Elevador Lacerda, Planos Inclinados e Estação da Lapa”.
Mas os soteropolitanos não se movimentam apenas na web e também já discutem o assunto nas ruas da cidade. O operador de telemarketing Geadson Oliveira, de 20 anos, considera um absurdo a prefeitura se isentar da responsabilidade de cuidar do Elevador Lacerda, um dos pontos mais conhecidos da capital baiana. “A prefeitura já faz tão pouco e ainda quer encarecer?”, questionou Geadson, em entrevista ao Bahia Notícias. Já a atendente de lanchonete Aline Bispo, 27, critica a transferência do serviço para a iniciativa privada e critica a validade da proposta. “Daqui a pouco vão privatizar o ar e vamos ter que pagar pra respirar”, previu. A dona de casa Iara Cristina, 46, é outra que se opõe à ideia da administração municipal. “Isso está errado. O Elevador vai ficar muito caro”, vociferou.
De acordo com o secretário municipal de transportes, José Mattos, o preço cobrado deve ser justo para cobrir os custos operacionais do serviço. A privatização também atingirá os planos inclinados Gonçalves, Liberdade-Calçada e Pilar, além das estações da Lapa e de Pirajá.
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