O governador explicou que está enfrentando dificuldades para obter do prefeito da capital baiana, ACM Neto (DEM), a transferência do sistema para o Estado. O metrô de Salvador começou a ser construído no ano 2000 e, passados 13 anos, nunca entrou em operação.
A principal discordância entre Wagner e Neto está nas propostas de integração de outros transportes ao sistema metroviário, uma vez que 90% dos passageiros devem utilizar um complemento. O metrô de Salvador é um dos menores do Brasil, com um trecho de 12 km.
O governo do Estado defende que seja criado um sistema específico de ônibus alimentadores, que levaria os passageiros até o metrô e seria independente dos ônibus que já circulam pela cidade. Os usuários pagariam um valor único para utilizar os dois transportes, estipulado em R$ 3,50.
Já a prefeitura quer o sistema de ônibus que já existe alimente o metrô e descarta a possibilidade de criação de uma frota específica, a ser administrada pelo Estado. Neto também defende que o preço da passagem seja integrado, mas só aceita se o valor cobrado for dividido de forma igualitária: metade para o ônibus e metade para o metrô.
“Nós temos que pensar no povo de Salvador. A menos que alguém me diga: ‘não, é melhor para Salvador ficar só com ônibus e não ter metrô’. Se for, não tem problema, me avise que eu gasto R$ 600 milhões em outras obras que Salvador também precisa”, declarou o governador, ao jornal.
O impasse na definição preocupa Wagner, que teme que os atrasos reflitam na expectativa de funcionamento do metrô antes da Copa do Mundo de 2014. Recentemente, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, informou que a finalização do trecho entre o Acesso Norte da cidade e Pirajá já está comprometida pra o ano que vem.
Fonte:
http://www.vermelho.org.br/ba/noticia.php?id_noticia=208874&id_secao=58
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