Vereadores defendem servidores e cobram prefeito

Bahia Já


A líder do PT na CMS acusa ACM Neto de praticar coronelismo

A vereadora Vânia Galvão, líder do PT na Câmara de Salvador e presidente da comissão de Reparação da Casa, voltou a manifestar apoio à greve dos servidores municipais, cobrando do prefeito tolerância com trabalhadores e o desbloqueio total dos salários de fevereiro.

Segundo ela “ao bloquear salários, ACM Neto está sonegando o direito fundamental do trabalhador que é a remuneração; autoritarismo em pleno século XXI é um retrocesso muito grande”.
Em sua opinião está na hora do alcaide “deixar o coronelismo e se atualizar. Inadmissível tanta imprudência administrativa em um gestor tão jovem; manter essa postura é deixar de cuidar da cidade. Manifestamos nosso apoio à mobilização e ao Sindseps no sentido de fazer valer os direitos dos trabalhadores”.
A greve teve início no último dia 15 de março, e conforme decisão do sindicato dos funcionários, na assembleia da sexta-feira, 8, a categoria manterá a paralisação até o desbloqueio total dos salários.
Jornal Grande Bahia

O vereador Hilton Coelho (PSOL) manifesta seu apoio aos professores municipais “que com sua luta mostraram a necessidade de defesa de uma educação de qualidade em nossa cidade. A greve buscou a implementação do direito a 1/3 da jornada para preparação de aulas e outras atividades de organização pedagógica. Trata-se de um direito garantido por lei federal e municipal, mas que o prefeito ACM Neto se negava a cumprir. A força da categoria foi tamanha e a greve se mostrou vitoriosa. A Prefeitura foi obrigada a contratar mais 1.300 professores para a rede municipal”.

O legislador classifica o comportamento de ACM Neto como tirano e com característica do coronelismo que imperou na Bahia. “Há uma evidente retaliação contra os servidores em greve, em especial as educadoras e educadores que o derrotaram com uma greve vitoriosa. Mostrando seu DNA de não suportar ser desafiado e atacar os oponentes de forma autoritária assim como seu avô fazia, de forma absolutamente arbitrária e ilegal promoveu o corte do ponto dos professores por conta da greve da categoria”, critica com veemência.
“A categoria deu entrada na segunda-feira (11/04/2016) em um Mandado de Segurança que visa obrigar o pagamento do salário e a apresentação imediata dos contracheques. É bom se ressaltar que a greve não foi declarada ilegal pela Justiça, mas suspensa até posterior julgamento. O corte dos salários realizados pelo que se considero dono, herdeiro da cidade, não tem qualquer amparo legal e mostra seu perfil ditatorial. Manifestamos toda nossa solidariedade e apoio irrestrito à categoria para que façam valer seus direitos”, detalha Hilton Coelho ressaltando que “o corte nos salários das professoras ocorreu de forma indiscriminada. Professoras que se encontravam em licença gestante, licença médica, e mesmo servidores que não fizeram greve, foram alvo de cortes. Algumas professoras não receberam qualquer valor do salário, mesmo a greve atingindo menos da metade de um mês”.
O mandato do vereador Hilton Coelho solicitará através de ofício que a Comissão de Educação da Câmara Municipal de Salvador busque uma solução mediada para a situação, a fim de que todas as professoras e professores que tiveram seus salários cortados sejam devidamente reembolsados e os contracheques sejam imediatamente disponibilizados para a categoria.
Hilton Coelho lembra a negativa de o prefeito apresentar os contracheques da categoria referentes ao mês de maio. “Tradicionalmente, os demonstrativos de vencimentos dos servidores municipais são disponibilizados no último dia do mês de referência do salário, mas já estamos no dia 12 de abril e os contracheques da categoria não foram liberados. O receio do prefeito ACM Neto é que sua arbitrariedade fique exposta e, por isso, nega direitos básicos do servidor em ter acesso a seu contracheque. Os demais servidores municipais, também em greve, tiveram seus pontos cortados, mas a situação felizmente foi revertida na Justiça. Contra o ódio, os servidores e professores municipais apresentam a luta e a resistência ao prefeito ACM Neto e toda a sua tirania”, finaliza.

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