Tribuna da Bahia: Incerteza na Secretaria da Fazenda impede negociações na Transalvador

A incerteza sobre a continuação do secretário municipal da Fazenda, Ruy Macedo, e da subsecretária, Liziane Guimarães, em seus cargos, está interferindo nas negociações entre a Transalvador os agentes de trânsito, que estão paralisados desde quarta-feira passada, 17.

A reunião, que ocorreria ontem pela manhã, entre agentes, o superintendente da Transalvador, Renato Araújo, e representantes da secretaria da Fazenda foi adiada e só ocorrerá quando a situação da secretaria for resolvida.

O fim da paralisação depende de uma suplementação orçamentária que garanta, até o fim do ano, o pagamento dos salários e das faturas do plano de saúde dos agentes de trânsito. A suplementação está orçada em cerca de R$ 4 milhões.

Houve, contudo, uma reunião entre representantes dos agentes e a diretora administrativa financeira da Transalvador, Odelita Oliveira. Ela garantiu que os salários do mês de outubro serão depositados hoje e devem estar disponível na quarta-feira, 24. O pagamento da fatura do último mês do plano de saúde dos servidores também foi garantido.

Os gestores da Secretaria Municipal da Fazenda pediram demissão na última terça-feira, 16. Segundo assessores de imprensa da secretaria, eles ainda não se pronunciaram sobre o pedido de reconsideração da decisão feito pelo prefeito João Henrique.

Plano de Saúde
– A falta de pagamento da fatura do plano de saúde interrompeu até os atendimentos de urgência para os funcionários da Transalvador, fazendo com que o último homem que trabalhava na manutenção dos semáforos da cidade aderisse à paralisação.

O chefe de manutenção de semáforos do órgão, Otoberto Gomes Lopes desde a última quarta-feira vem trabalhando sozinho, já que sua equipe de trinta homens está em paralisação, passou mal no domingo e não pôde ser atendido no Pronto Atendimento da Promédica, na Avenida Garibaldi. “Acho que pela sobrecarga de trabalho, acabei sentindo dores no pescoço e minha pressão se elevou, mas o atendimento me foi negado e por isso eu deixei de trabalhar também”, conta.

Segundo o diretor financeiro da ASTRAM, Melquisedenes Santana, a Promédica deixou de atender aos funcionários desde a zero hora de sábado, devido à falta de pagamento. “A relação com a Promédica já vem abalada desde o começo do ano, quando a Transalvador deixou de pagar um reajuste de 10% requerido pela operadora. A situação foi piorando com os atrasos nos pagamentos das faturas”

Dos quase 900 servidores e prestadores de serviços da Transalvador, menos de 20 estão nas ruas da cidade. O restante está se revezando na sede do órgão, nos Barris, no que eles chamam de “assembleia permanente”. Segundo representantes da ASTRAM, apenas o gabinete do superintendente, a diretoria financeira e o departamento de recursos humanos estão funcionando.

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