Uma abordagem no Engenho Velho da Federação, em Salvador, terminou em confusão e duas pessoas agredidas na manhã desta terça-feira (9). Um supervisor da Transalvador diz ter sido agredido pelo motorista do táxi ao notificar diversos veículos estacionados em local proibido.
Jorge Antônio Pastori, 49 anos, relatou que estava fazendo uma ronda de rotina no final de linha do bairro por volta das 7h, quando a situação aconteceu.
“O táxi estava estacionado e impedindo a passagem de um ônibus. Quando ele [o motorista] percebeu que tinha sido notificado, saiu de lá e estacionou em uma esquina, impedindo a passagem de outro coletivo”, disse o supervisor em entrevista..
Os agentes perceberam que a documentação do veículo estava irregular durante a abordagem, e avisaram ao motorista, Danilo Santana Boaventura, que o carro seria apreendido.
“Foi nesse momento que ele se revoltou e disse que só sairia de lá com a presença da polícia”, conta. O rapaz teria fugido com o veículo, e retornado depois para buscar a carteira de habilitação, que tinha sido apreendida e estava com o supervisor de trânsito.
“A habilitação dele caiu da minha mão, e quando um colega foi pegar a documentação, ele [o taxista] pisou na mão dele e o empurrou”, relata Jorge Pastori.
O outro agente da Transalvador, identificado como Jorge Badaró, ficou com a mão ferida. “Quando eu fui pegar a carteira no chão, umas quatro pessoas que moram na região me seguraram. Foi aí que ele [Danilo] me deu um murro no rosto e fugiu novamente”, disse a vítima.
O taxista voltou pela terceira vez quando o pai, um policial militar aposentado, chegou no local. Todos os envolvidos foram conduzidos para a 7ª Delegacia Territorial (DT/Rio Vermelho). De acordo com a delegada Jussara Souza, titular da 7ª DT, a atitude do taxista foi enquadrada pela polícia como um desacato ao representante do órgão de trânsito.
“Como o desacato em si é um crime de menor potencial ofensivo, ele não deve ser preso”, conta a delegada Jussara. Por conta disso, Danilo deve ser liberado após ser ouvido pela polícia.
O pai do taxista também foi levado para a delegacia quando foi constatado que o veículo do PM tinha uma placa fria, com alterações no número do chassi, e insistiram em chamar a polícia.
“Isso é crime, que implica uma pena de reclusão de três a seis anos”, garante a titular da 7ª delegacia. Os dois funcionários da Transalvador vão passar por um exame de corpo de delito, que deve confirmar as agressões sofridas durante a desentendimento, ainda nesta terça-feira (9).
Já o PM da reserva, pai do taxista, também deverá pagar uma multa além de responder pelo crime envolvendo a adulteração do emplacamento do veículo. O táxi que Danilo dirigia não estava no nome dele, e foi levado para a 7ª delegacia pelo dono depois da confusão.
Com Informações do Correio 24horas
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