Prefeitura de Salvador confirma aluguel de terreno que era do Município, mas nega irregularidade

Terreno foi alugado por R$ 59 mil pelo prazo de cinco anos. Isso representa, para a área, R$ 14,75 por metro quadrado

A Prefeitura de Salvador confirmou, em nota, a locação, pela Transalvador, do terreno de quase quatro mil metros localizado na Rua Alceu Amoroso Lima, no Caminho das Árvores. O espaço pertencia há três anos a mesma administração municipal. No entanto, o Executivo disse que “está em conformidade com a legislação, sendo o valor de aluguel compatível com o praticado no mercado para a região”.

O terreno foi alugado por R$ 59 mil pelo prazo de cinco anos. Isso representa, para a área, R$ 14,75 por metro quadrado. Segundo a prefeitura, a média de preço para a locação de terrenos na região é de R$37,44 por metro quadrado.

“Além disso, a Transalvador não terá que construir uma nova sede – a empresa proprietária da área vai investir R$4,4 milhões na construção do imóvel – e a Prefeitura ainda arrecadou com a venda de dois terrenos, convertendo esses recursos para investimentos urgentes e imediatos em áreas carentes da capital, a exemplo da construção do primeiro Hospital Municipal, em Cajazeiras”, diz.

Ainda de acordo com a prefeitura, o contrato de locação com a empresa GPEC Patrimonial e LTDA foi firmado em julho de 2020, após a prefeitura vender o terreno da sede da Transalvador nos Barris, em fevereiro de 2019, por R$ 40 milhões. Em abril de 2019, a Prefeitura já havia vendido esse mesmo terreno no Caminho das Árvores à GPEC Patrimonial e LTDA, arrecadando R$ 3,74 milhões.

“O município, é importante frisar, já arrecadou R$218,1 milhões ao comercializar terrenos públicos com a iniciativa privada, dinheiro destinado não só ao Hospital Municipal, como também para a construção do novo Centro de Convenções e outras obras que melhoraram a qualidade de vida das pessoas e geraram emprego e renda”, completa.

Contatado pelo BNews, o atual secretário de Mobilidade e ex-superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, disse a “prefeitura vendeu uma área que estava irregularmente ocupada por guardadores des de veículos”. “A área dos barris foi vendida quase 3 anos depois. Quando vendeu a área dos Barris, me parece que foi em 2019, a gente buscou áreas para realocar a área da Transalvador que estava sendo vendida. Era uma área que tinha veículos de apreensão e veículos provenientes de acidentes. Achar uma área da prefeitura, numa área central”, disse.

Muller contou ainda que tentou uma área próxima a Base Naval, mas lá, segundo ele, não atendia as duas necessidades: a área para carros e a área para as gerências. “São cerca de 600 servidores. Tem que ser uma área também para que o público possa chegar. Alugamos essa área e, para atender essa necessidade, alugamos a área com uma estrutura provisória e o proprietário da área está construindo uma estrutura definitiva. Está com uma estrutura provisória e estamos querendo finalizar essa obra para poder alocar a gerência de trânsito”, concluiu.

Fonte: BNews

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