Segundo a ASTRAM e o SINDTTRANS, os agentes da Transalvador estão sendo impedidos de recolher os ônibus com irregularidades para o pátio da autarquia, pois, segundo a administração, falta espaço para guardar estes veículos. Enquanto o SETPS “comemora” essa falta de espaço no pátio da Transalvador, a população continua correndo riscos em um transporte público de péssima qualidade e com acidentes que, com o cumprimento da fiscalização, poderiam ser evitados.
Adenilton Junior, presidente da ASTRAM, informa que “a fiscalização que é feita nas garagens por amostragem tem se mostrado insuficiente e quando um ônibus é alvo da fiscalização nas ruas de Salvador, os agentes da Transalvador passam por uma “via crucis” para tentar cumprir o que determina o Código de Trânsito Brasileiro e o Regulamento de Transporte Municipal. Ao identificar um ônibus com problema os agentes não estão podendo recolher o mesmo para o pátio, devido “a falta de espaço”, segundo informações da autarquia. O interessante é que não falta espaço para reter os automóveis dos cidadãos soteropolitanos e com certeza haverá espaço para os caminhões com o início da Operação carga e descarga”.
Essa total falta de fiscalização, aliada as más condições das vias dos ônibus, tem gerado fatos lamentáveis como os dois últimos graves acidentes com ônibus ocorridos nos últimos dias, que poderiam ser evitados com o simples cumprimento da fiscalização, que é o dever legal da Transalvador. A pergunta que não quer calar é: Porque a fiscalização só está sendo executada de maneira fervorosa com uma parte dos condutores e veículos de Salvador? Porque os empresários de ônibus estão tendo tal privilégio?
“O SETPS continua fazendo o que quer, mandando e desmandando no transporte público de Salvador. É importante frisar que estamos na iminência de uma licitação do setor de transporte, que a administração passada tinha um débito de R$ 600 milhões com o SETPS e que a atual gestão, na hora de transferir a Linha 1 do metrô para o Governo, teve uma preocupação imensa em priorizar o aumento da passagem dos ônibus que farão a integração com o metrô”, concluiu João Raimundo, coordenador Geral do SINDTTRANS.
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