Fonte: A TARDE
Se João Henrique, o prefeito, tivesse um João Henrique, o deputado, no seu encalço por conta das multas aplicadas, estaria pior do que muito mal. Ele chegou onde está montado na popularidade que amealhou justamente combatendo tais excessos.
Agora, na gestão dele, um turbilhão de multas desaba sobre a cidade. Mais ainda, o comandante do processo é o coronel Adelson Guimarães, figura polêmica pela larga tradição autoritária. Recentemente, numa entrevista à Rádio Metrópole, perguntaram-lhe o que ele achava das barracas do Imbuí, onde mora. “É. Elas se sustentam numa liminar. Mas quando a Justiça decidir a questão, eu mesmo vou derrubá-las”.
Com a mesma sutileza de tiranossauro rex, em plena campanha eleitoral, anuncia a entrada em cena de 24 novas supermáquinas de multar. Como se donos de carro fossem se derreter em aplausos. Até porque, diz a própria SET, 85% das multas saem das máquinas.
Convenhamos, com auxiliares desse naipe João Henrique dispensa inimigos, ressalvando que o prefeito é a única pessoa no cenário político que não pode reclamar de quem bate em multador.
Afinal, ele foi quem ganhou batendo.É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar. Ou carma, como queiram.
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