Estacionar em Salvador é um problema

Quem sai de casa de carro e precisa estacionar nas vias públicas de Salvador tem de ter muita sorte para encontrar uma vaga. O fluxo de veículos na cidade aumentou consideravelmente nos últimos anos. Hoje são mais de 772 mil. Já os estacionamentos nas ruas diminuem a cada dia.

Desde janeiro a Prefeitura tem proibido estacionar em diversas vias, como o lado direito da avenida Sete, o Comércio e a orla da Barra. A Transalvador, órgão responsável pelo trânsito, informou que, em breve, a medida será estendida para outros locais, a exemplo da Sete Portas, Dois Leões e avenida Vasco da Gama.

O problema é que a administração municipal simplesmente não oferece alternativas ao condutor do veículo, obrigado a pagar caro nos estacionamentos rotativos. Em Salvador, a primeira hora custa, em média, R$ 6,00. O mensalista tem de desembolsar até R$ 253,00, segundo estudo da Associação Brasileira de Estacionamentos (Abrapark).

É preciso criar alternativas – Salvador não oferece alternativas acessíveis aos condutores de carro. Se o motorista já tinha problema em determinados locais, por conta da geografia difícil da cidade, que tem ruas estreitas e sem espaço, com a medida de Prefeitura piorou ainda mais.
É muito fácil encontrar pessoas insatisfeitas. É o caso do comerciante Josemar Ferreira, 34 anos. “O trânsito de Salvador já é um caos e para piorar não tem lugar para estacionar. Não consigo parar nem para carregar para descarregar as mercadorias”, desabafa.

Para a Transalvador, no entanto, está tudo normal. De acordo com o órgão, no Comércio são disponibilizadas 1.500 vagas, no Centro são 800, além de 372 estacionamentos fechados.

Autor do projeto de lei que proíbe a cobrança nos estacionamentos dos shoppings do Estado, o deputado Álvaro Gomes (PCdoB), critica as medidas e diz que é preciso criar alternativas antes de proibir a parada em determinados locais. “Não se pode acabar com o estacionamento sem dar apoio. É comum vermos instituições privadas abrirem as portas antes de dar uma solução para a viabilidade urbana”.

Fonte: http://www.bancariosbahia.org.br/index.php?menu=noticia&cod=11135

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