ASTRAM na Mídia: Presidente da ASTRAM comenta sobre situação dos servidores da Transalvador

Matéria veiculada nas versões impressas e on line do Jornal Correio 24 horas

Mau sinal: Transalvador não tem estoque para
reparar sinaleiras quebradas

Das 80 sinaleiras instaladas na orla, do Porto da
Barra até o Farol de Itapuã, 70 estão quebradas

O
amarelo que pisca sem parar confunde os motoristas no cruzamento entre duas
vias. Pedestres tentam atravessar a rua, mas o sinal vermelho não acende. O
cenário confuso no trânsito de Salvador tem sido frequente nos últimos dias,
depois que várias sinaleiras foram danificadas pelas chuvas e ventos fortes.

Das
80 sinaleiras instaladas na orla, do Porto da Barra até o Farol de Itapuã, 70
estão quebradas, de acordo com a Transalvador.

“A
ventania forte e a chuvarada provocaram oscilação da energia. Com isso, uma
série de controladores (equipamento eletrônico que regula as sinaleiras) entrou
em curto-circuito e queimou”, diz o superintendente da Transalvador, Alberto
Gordilho.

Houve
tantos problemas que agora faltam equipamentos para efetuar os reparos
necessários na cidade.
“No
segundo dia de chuvas, consertamos um mesmo semáforo quatro vezes. O que eu
tinha para pôr de placa eu já coloquei. Esgotamos todo o estoque”, diz
Gordilho.

Em
alguns locais, como a avenida São Rafael (em São Marcos), as sinaleiras
chegaram a ser consertadas pela manhã e, no final da tarde, voltaram a
apresentar defeito. “Controladores inteiros da Avenida Manuel 

Dias da Silva (na
Pituba), por exemplo, terão que ser sincronizados novamente. O negócio pifou
geral”, diz.
Apesar
de fornecer dados sobre a orla, a Transalvador não soube informar o número
total de sinaleiras quebradas na cidade.

O
que Gordilho sim sabe é que  a situação
só deve melhorar na próxima semana. E isso se São Pedro ajudar. “Se o tempo
melhorar, a gente conserta até semana que vem. As placas que foram queimadas
ainda poderão ser recuperadas. Às vezes, uma simples limpeza resolve”, diz.

Carência
– Além da falta de placas para substituir as que quebram, um eletricista que
trabalha na Transalvador afirmou que faltam 
também  ferramentas para o
trabalho.

“A
situação está precária. Falta fita isolante, chave de fenda, alicate, inclusive
peças de reposição dos controladores como módulos e fontes”, conta o
eletricista que não quis ser identificado.

Ainda
de acordo com o funcionário, o órgão está improvisando o conserto de alguns
equipamentos. “A gente tira de um e coloca no outro. Estamos fazendo
verdadeiras sucatas. A Transalvador está dando prioridade a bairros como Pituba
e Itaigara”, acrescenta o eletricista.

O presidente da Associação dos Servidores em
Transporte e Trânsito do Município (Astram), Adenilton das Virgens Júnior,
confirma que falta de material. “Até fita isolante não está sendo
disponibilizada. Está bem precário”, alerta. De acordo com ele, faltam também
lâmpadas e caixas de proteção que protegem os controladores.

“Nós estamos vivendo uma situação que nem os banheiros
da Gerência de Trânsito estão sendo limpos. Está muito complicado. A
dificuldade é de gerenciamento porque a Transalvador tem arrecadado, mas não
está investindo na estrutura”, pondera o presidente da Astram.




o diretor do Sindicato dos Servidores de Trânsito e Transporte de Salvador e
Região Metropolitana de Salvador, Pedro Pires, acrescenta que o material
disponibilizado muitas vezes é antigo. “A precariedade existe. São poucos
equipamentos e o que tem é obsoleto”, avalia.

O
superintendente da Transalvador nega que existam essas carências. “Se estiver
faltando fita isolante, eu dou R$ 10 do meu bolso para comprar”, afirma
Gordilho.

Pedestres têm que se arriscar nas ruas – “Eu fico esperando meia hora para atravessar a rua com
medo de ser atropelada”. O desabafo é da vendedora Luciandréa Gonçalves, de 45
anos, ao tentar atravessar a rua São Paulo, na Pituba, onde na manhã de ontem
as sinaleiras não funcionavam. “Eu fico é com pena dos idosos para atravessar.

A
Prefeitura está esperando alguém morrer para tomar providência?”, questiona. No
cruzamento das ruas São Paulo e Rio Grande do Sul, mais problemas “Tem mais de
4 dias assim. Tem horas que vira um caos. Com o semáforo quebrado, todo mundo
fica querendo passar e não espera a vez do outro”, conta o jornaleiro Roberto
Ferreira, 25. “Ontem (anteontem) uma mulher quase foi atropelada por um
ônibus”, lembra.

Fonte:
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/mau-sinal-transalvador-nao-tem-estoque-para-reparar-sinaleiras-quebradas/



Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*