Os servidores da Transalvador decidiram, após nova rodada de negociação com a prefeitura de Salvador, manter a paralisação da categoria, que teve início na última terça-feira (13). A medida foi tomada após mais uma reunião com o secretário de Gestão, Alexandre Pauperio, na noite da última quarta-feira (14). Em nota, a assessoria da prefeitura de Salvador informou que apresentou uma proposta de reajuste de 33%.
O secretário de Gestão, Alexandre Pauperio, salientou que os valores dos vencimentos básicos definidos representam ganhos significativos para todos os cargos da Prefeitura. “A proposta do plano para os servidores públicos corrige distorções históricas, recompondo perdas acumuladas, padroniza gratificações e garante a efetiva valorização do servidor público municipal. Não entendemos como uma categoria tão importante para a cidade não se contente com o ganho oferecido, além da gratificação adicional de incentivo à educação no trânsito, conquistada na campanha salarial de 2013, que representa 13% do vencimento base”, disse.
Já as direções da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (ASTRAM) e do Sindicato dos Servidores de Trânsito e Transportes de Salvador e Região Metropolitana (SINDTTRANS) dizem que a implantação do Plano de Cargos e Vencimentos (PCV), representa prejuízo para a categoria em 2015 e 2016. “Fomos surpreendidos quando observamos que o Sindseps, um entidade que diz representar parte dos servidores municipais, assinou um acordo em que abre mão do direito de reajuste salarial, pelos próximos dois anos”, informou Adenilton Junior, presidente da ASTRAM”.
O que estão querendo fazer é rasgar a Lei Orgânica do Município. Os artigos 123, 131 e 134 dizem, dentre outras coisas, que é garantindo ao servidor municipal, no mínimo, a reposição inflacionária do último ano na sua data-base, que no caso é maio. Agora até isso querem nos tirar”, pontuou Ricardo Luis, coordenador do SINDTTRANS.
Já Alexandre Paupério disse que a prefeitura vai manter a negociação. “A administração continua aberta ao diálogo com a única categoria que não quer aceitar os avanços concedidos ao funcionalismo municipal com a implantação do Plano de Cargos e Vencimentos. A Prefeitura não vai permitir que um pequeno grupo interfira na mobilidade da cidade. Vamos tomar todas as medidas para a cidade manter sua normalidade”, acrescentou Pauperio.
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