Agentes de Cuiabá estudam usar arma não-letal

O
Sindicato dos Agentes de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá estuda a
possibilidade de requerer que os chamados “amarelinhos” passem a andar com
algum tipo de arma não-letal. A medida chegou à pauta de discussões após o
atentado contra um dos amarelinhos na última quinta-feira.
O rapaz
de 19 anos, que não quis se identificar, trabalhava na avenida Dante de
Oliveira, por volta das 19h, quando foi agredido na cabeça. O motorista, que
andava sem cinto de segurança e foi advertido pelo agente, usou uma marreta
para desferir o golpe. O rapaz foi socorrido, levou quatro pontos no ferimento,
e não corre risco de morrer.
Segundo
a assessoria da Polícia Civil, o caso é tratado como tentativa de homicídio. O
delegado responsável pelas investigações, Laudeval de Freitas, já ouviu a
vítima e uma testemunha. Agora aguarda o resultado da perícia, previsto para
sair em 30 dias.
Para o
presidente do sindicato, Alexandre Castro de Arruda, este foi um fato isolado,
mas que abriu o debate para a questão da segurança dos agentes. “Estávamos
tratando de itens salariais quando isso aconteceu. Vamos analisar esse ponto,
mas não tem nada definido”, afirmou.
Segundo
o diretor de trânsito da Secretária Municipal de Trânsito e Transporte Urbano
(SMTU), Jackson Messias, alguns amarelinhos já pediram para serem transferidos
para funções internas na pasta desde o ocorrido. Ele
acredita que casos de desrespeito aos agentes devem se tornar mais frequentes,
já que a presença deles aumentou na cidade desde o início da semana passada,
quando 179 amarelinhos foram nomeados.
“As pessoas têm que se acostumar a serem
fiscalizadas a partir de agora. Além disso, tem que mudar essa visão de que o
amarelinho é carrasco. Nosso trabalho é, em primeiro lugar, de orientação. Só
depois autuamos quem está errado, que sempre tem a possibilidade de recorrer”,
afirma.
Messias
lembra ainda que todos os agentes passaram por curso de formação antes de
saírem às ruas. Entre as aulas obrigatórias estava a de abordagem ao público. Arruda
afirma que os casos de motoristas irritados são normais, mas ressalta que
também há casos de pessoas que ligam na sede da secretaria para elogiar o
trabalho desenvolvido. “A fiscalização só não interessa a quem está errado. Mas
é claro que casos como esse geram um pouco de insegurança”, avalia.
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