Os servidores da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador) iniciaram, nesta segunda-feira, 24, greve por tempo indeterminado. A informação foi confirmada pelo presidente do Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram), Adenilton Júnior.
A decisão pela paralisação aconteceu em assembleia realizada na manhã de quarta-feira, 19, em frente à Fundação Hemoba, onde a categoria promoveu doação de sangue coletiva.
No mesmo dia, os servidores, que reivindicam da Prefeitura uma melhor proposta de aumento para a Operação Carnaval, pararam as atividades por 24 horas, suspendendo blitzes de alcoolemia, entre outros serviços do órgão.
Em reunião, na tarde desta segunda, a Prefeitura ampliou de 6% para 7% o reajuste da hora trabalhada durante a festa e do tíquete de alimentação, após resistência do sindicato da categoria.
“A prefeitura apresentou proposta de 7% de reajuste no valor hora, que iria de R$ 21,30 para R$ 22,78, mas a categoria quer R$ 32. Com relação ao tíquete de alimentação, a categoria pede R$ 42 por dia, no entanto a prefeitura oferece apenas R$ 31,80”, disse Júnior.
Outra queixa dos trabalhadores diz respeito às condições de trabalho. “Isso por conta da falta de fardamento, falta de equipamentos de comunicação, além do efetivo muito baixo, que acaba comprometendo toda a operação e que causa transtornos aos servidores”, afirmou o presidente da Astram.
A categoria vai avaliar os valores propostos pelo executivo municipal em assembleia, marcada para às 7h desta terça-feira, 25, na sede da Gerência de Trânsito da Transalvador, no Vale dos Barris.
Caso rejeitem a proposta da prefeitura, os servidores podem optar por não trabalhar na Operação Carnaval e manter apenas 30% do efetivo nas ruas, conforme determina a lei.
Além disso, conforme Adenilton Júnior, o setor administrativo do órgão não funcionará caso seja mantida a paralisação.
“Serão atendidos apenas os casos de urgência, como acidentes graves com vítima, desmoronamentos, além de apoio a autoridades. Todos os outros serviços estarão comprometidos”, disse Júnior.
Ainda de acordo com o presidente da Astram, caso não haja acordo com a prefeitura, até as blitzes serão suspensas no Carnaval.
“Não serão feitas barreiras que bloqueiam acesso das pessoas não autorizadas nos circuitos e, além disso ficarão suspensas fiscalizações e blitzes de alcoolemia durante a festa”, afirma.
Secretário diz que proposta é “muito boa”
O secretário Alexandre Pauperio, da Secretaria Municipal de Gestão (Semge), que esteve reunido com os trabalhadores à tarde, classificou como “muito boa” a proposta de reajuste apresentada pela prefeitura e espera que seja aceita pelos servidores.
“Essa nova proposta [reajuste de 7%] é um ato de boa vontade e, além disso, uma demostração de que a prefeitura quer que os servidores participem da festa”, disse.
No carnaval, conforme Pauperio, a categoria vai receber valor equivalente a um 14° salário. “Não acredito que não seja acatado. Está muito bom, ainda mais levando em consideração a situação econômica, que não é confortável”.
Sobre as queixas dos servidores com relação às condições de trabalho, Pauperio disse que houve avanços, mas que, “em um ano, não vamos resolver tudo”.
“Trocamos toda as viaturas por veículos zero km, resolvemos a questão do fardamento e, além disso, temos bases de apoio que oferecem conforto aos trabalhadores”, disse.
O secretário também rebateu as críticas do presidente da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram), que reclamou do baixo número de servidores em atividade.
“Pelo contrário, as escalas tiveram um crescimento. Trabalharemos esse ano no carnaval com 12 mil servidores municipais e terceirizados – número maior do que o do ano passado”.
Fonte:
http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/materias/1571315-servidores-da-transalvador-entram-em-greve
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