As denúncias do Ministério Público de envolvimento do secretário municipal de Gestão, Alexandre Paupério, em desvio de recursos da educação municipal e da Fapesb nos convidam a refletir mais cuidadosamente sobre o momento político atual. Infelizmente, nosso país cresceu com a corrupção emaranhada na política e na economia. Muita coisa foi feita no calar da noite, às obscuras.
Comemoramos 30 anos de democracia, dos quais os últimos 12 foram governados pelo Partido dos Trabalhadores – um dos maiores responsáveis pelo fim da ditadura. Após Juscelino Kubitschek, nunca se investiu tanto em infraestrutura.
Também foram nos últimos 12 anos que tivemos as mais efetivas políticas inclusivas: mais jovens na universidade, habitação, possibilidades de créditos, defesa para negros e mulheres, garantia de direitos para casais homoafetivos, redução da pobreza generalizada, entre várias outras ações.
Enfrentamos agora o maior desafio da democracia: punir corruptores! E, diferente da década de 1960, não cabe um novo golpe na nossa história. Afinal, o processo atual ocorre às claras, sem interferências do governo; permitindo, inclusive, que a mídia reporte informações.
Não podemos nos deter a posicionamentos partidários que querem usar este momento para edificar regimes totalitários. Vamos compactuar com políticos envolvidos em escândalos de corrupção denunciados por órgãos de fiscalização? Em Salvador, até hoje não sabemos que fim levaram os milhões de reais desviados das obras do metrô.
O prefeito ACM Neto faz campanha contra medidas para alavancar a economia nacional e democratas atacam diariamente o governador Rui Costa, mas não explicam à população sobre as acusações de lobista ao gestor responsável pelos contratos da prefeitura.
O que queremos? Banir a corrupção ou permanecer às obscuras, sem acesso às transações políticas e econômicas do país? Vamos aceitar esta disseminação do caos sem ações propositivas? Precisamos refletir, Salvador!
Fonte: Portal A Tarde
Seja o primeiro a comentar