Agentes de trânsito de Manaus protestam e ameaçam paralisação para quarta-feira

Os manifestantes são estatutários e reivindicam isonomia em relação a funcionários mais antigos, que são regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
[ i ]Agentes fizeram manifestação na tarde de hoje





Manaus – Mais de 70 agentes do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito de Manaus (Manaustrans) realizaram uma manifestação em frente à sede do órgão, localizado na Av. Tefé, Japiim, no início da tarde desta segunda-feira (12).
Eles  reivindicam isonomia em relação a funcionários mais antigos do instituto e ameaçaram uma paralisação das atividades na próxima quarta-feira (14),  em protesto contra más condições de trabalho
Os manifestantes são estatutários e ocupam a posição de Agente de Autoridade do Trânsito. Já os funcionários mais antigos, regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) – os chamados celetistas, são Agentes de Trânsito, que não podem realizar ações como autuar infrações no trânsito.
Ligados ao órgão por concurso público desde 2011, os manifestantes solicitam benefícios pagos aos celetistas. Segundo a agente de trânsito Loana César, há grandes diferenças entre os dois cargos. “Enquanto eles trabalham cinco horas por dia, com uma hora de descanso, nós trabalhamos seis. Além disso, eles recebem por horas extras e nós não”, contou.
A funcionária informou que há diferenças também quanto ao pagamento do vale alimentação. Segundo ela, os celetistas ganham R$ 300 mensais, enquanto os estatutários recebem R$ 220 por mês. “Além dessa diferença mensal, nós não recebemos o bônus de alimentação de R$ 600, que eles ganham todos os meses de dezembro”. As diferenças, segundo Loana, não estavam previstas no edital do certame.
A agente contou que vários protocolos com as reivindicações foram feitos na sede do Manaustrans, mas que não houve retorno do órgão. “Toda vez que perguntamos sobre nossas pautas, a resposta é que a administração não está ciente de nada. Se não tivermos resultados positivos, vamos realizar novas ações na terça-feira (13)”.
Líderes do movimento entraram em reunião com o presidente do Manaustrans, Paulo Henrique Martins, durante a manifestação. Segundo o representante do movimento, Anderson Torres, a diferença salarial entre seletivos e estatuários é outro ponto questionado pela categoria. “Nós trabalhamos uma hora a mais do que os celetistas e ganhamos cerca de 3 mil reais a menos que eles. Todos os servidores que exercem as mesmas atividades deveriam ter o mesmo salário”.
De acordo com a assessoria de imprensa do Manaustrans, tanto os celetistas quanto os estatutários ingressaram no serviço por meio de concurso público. A diferença é que os concursos tinham regimes distintos, o que causa tais diferenças. 
Até o fechamento desta matéria, as partes não haviam fechado um acordo.

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