A Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt , anunciada pela prefeitura de Salvador como organizadora do concurso para servidores da Secretaria Municipal da Fazenda, acumula reclamações na internet e alguns processos por problemas na aplicação de provas em Rondônia, Mato Grosso do Sul e Sergipe. Fluminense de Niterói, a empresa foi responsável pelo concurso de delegado de polícia rondoniense que acabou suspenso, em julho, por não seguir os mesmos critérios para todos os candidatos.
No mesmo estado, a diretora da fundação, Rosana Nobre Machado Bittencourt Silva, foi multada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RO) por, entre outros itens, cobrar a legislação ambiental de Pernambuco para uma prova de técnico agrícola para o estado de Rondônia. Em março, uma denúncia foi protocolada contra a Funcab no Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa e Ministério Público, por concursos públicos para o governo de Rondônia por supostas fraudes entre os anos de 2011, 2012 e 2013.
Já em Campo Grande (MS), diversos fiscais que atuaram no concurso da Polícia Rodoviária Federal, no último mês de maio, denunciaram o não pagamento pela prestação dos serviços. Além do calote, a Funcab respondeu ainda por candidatos não terem recebido caderno das provas na capital sul-mato-grossense – o que suspendeu temporariamente as outras etapas do certame nacional. Em Sergipe, em 2012, o Ministério Público Estadual interpôs ação cautelar para suspender um concurso organizado pela Funcab por ocorrência de supostos vícios nas provas objetivas e de redação.
Funcab alega êxito em defesas de processos e que reclamações de candidatos são normais
A Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab), em resposta ao Bahia Notícias, se defendeu das reclamações e processos em diversos estados do Brasilresultantes da aplicação de provas de concursos públicos. De acordo com a instituição, reclamações de candidatos, muitas delas sem fundamento, fazem parte do segmento de concursos públicos, e não é só a Funcab que as recebe e as respeita. Além disso, os fiscais que trabalharam no concurso da Polícia Rodoviária Federal, em Campo Grande (MS), já receberam seus pagamentos apesar de uma falha de comunicação bancária. A reaplicação de prova em uma escola só aconteceu após Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre a Funcab, a PRF e o Ministério Público Federal, portanto, de acordo com o devido processo legal. Por fim, a empresa afirma que “sempre logrou êxito na defesa do mérito ou, até mesmo, em reconhecer qualquer erro material constatado e agir de forma correta para imediata resolução, sempre tornando públicos todos os seus atos”.
Fonte: Bahia Notícias
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