Em seu Twitter, o governador comentou sobre o acordo alfinetando a gestão municipal: “No dia de entrega da nossa Fonte Nova, o governo do Estado assume o sistema de metrô, há mais de 12 anos sem solução sob gestão municipal. Assumimos o compromisso de botar para funcionar o sistema e livrar Salvador do seu principal gargalo de trânsito”.
De acordo com Wagner, o metrô vai seguir o modelo de Parceria Público Privado (PPP) usado na construção da Arena Fonte Nova.
Divergência – O valor da passagem de ônibus, fixado em R$ 1,10, era o principal impasse entre o município e o Estado para se chegar ao acordo de hoje. O governo estadual queria a criação de um sistema alimentador que funcionasse de forma diferenciada do transporte urbano atual. Esse modelo atenderia, em um raio de 5 km, as estações do metrô e transportaria os passageiros até os pontos de embarque e desembarque na Rótula do Acabaxi, Bonocô e Estação da Lapa, cobrando a tarifa de R$ 0,95.
Já o município, que continua responsável pela administração do transporte urbano da cidade – e de futuros ajustes na tarifa de integração juntamente com o Estado -, defendia que os ônibus que circulam atualmente pela cidade fizessem essa integração com o metrô ao custo de R$ 1,40 por trecho percorrido.
“Fizemos o que foi melhor para Salvador e para o cidadão. Cada parte cedeu um pouco para resolver o problema”, disse ACM Neto, de acordo com nota enviada pela assessoria de comunicação do prefeito.
O acordo acertado nesta sexta prevê a complementação da Linha 1, que foi projetada para ter 12 km e ligaria o Centro de Salvador até o bairro de Pirajá. Atualmente, o trecho tem apenas 6 km prontos: da Rótula do Abacaxi à Estação da Lapa.
A parceria prevê ainda a construção da Linha 2, que irá ligar a estação do Bonocô até o município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
Sistema ferroviário – Além do metrô, o sistema ferroviário de Salvador também passou para o Estado, já que faz parte da Companhia de Transporte de Salvador (CTS), responsável pela administração do metrô da capital baiana. Dentro do pacote, o governo municipal também assume a gestão da Estação Pirajá. Já a da Lapa fica com a prefeitura. Apesar deste acordo, as medidas ainda serão apreciadas pela Câmara de Vereadores e pela Assembleia Legislativa da Bahia.
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