Transalvador dobra arrecadação na gestão de ACM Neto e motoristas andam com medo na cidade

Quem anda pela capital baiana de carro, moto ou caminhão sabe que atualmente qualquer deslize e infração a regras de trânsito não tem perdão: é multa. Transformada em uma das maiores arrecadações da cidade na gestão de ACM Neto, a Transalvador mais que dobrou seus lucros se comparados ao início do governo do DEM. Com multas e blitzes diárias, o órgão já arrecadou mais de R$ 30 milhões em 2015.

Um levantamento obtido pelo Varela Notícias mostra que no primeiro semestre de 2012, primeiro ano de Neto à frente da Prefeitura de Salvador, o órgão de trânsito arrecadou R$ 19.608.443,23. No ano seguinte, em 2013, esse valor sofreu uma queda e, também contando somente o primeiro semestre, foi de R$ 15.639.598,47. Apesar disso, a surpresa veio no ano seguinte.

A partir de 2014, a arrecadação da Transalvador apresentou uma considerável alta e mais que dobrou. Somente no primeiro semestre do ano, a receita total arrecadada foi de impressionantes R$ 31.888.915,90. O valor é bem próximo ao que o órgão conseguiu no primeiro semestre de 2015: R$ 31.289.249,92.

No Terminal Rodoviário de Salvador, local alvo de reclamações de motoristas quanto ao excesso de multas aplicadas, várias são as reclamações. “Aqui você não pode vacilar. Ou você faz tudo correndo, ou eles multam seus carros. Pode olhar, todos estão com o bloquinho na mão prontos para multar”, disse Alberto Silva, de 54 anos, ao deixar a filha na rodoviária. “Já teve gente que tomou multa aqui por ter buzinado”, acrescentou.

Sem querer se identificar, outro motorista questionou o motivo de tantas multas. “Uma multa serve para ensinar a não errar mais e começar a seguir às regras de trânsito. Mas, se você só multa e nem sequer fala com o motorista, perde o sentido. Perde o caráter educativo e começa a ser somente para arrecadar”, disse.

Nesta quinta-feira (03) pela manhã, eram sete os agentes da Transalvador na Rodoviária e nenhum quis falar com a equipe do VN sobre o assunto. Em nota, a assessoria de imprensa do órgão explicou que “a arrecadação se deu, em todos os anos, pela cobrança de taxas pela prestação de serviços, cobrança de estacionamento, multas, infrações previstas na legislação de trânsito, restituições de importâncias, receitas de leilões, preços de serviço público, além de receitas provenientes de diárias e reboques de veículos apreendidos”.

Fonte: Varela Notícias

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