Desnecessária. Essa é a posição da Associação dos Agentes de Transporte e Trânsito do município (ASTRAM) referente à contratação de um escritório de engenharia de tráfego para propor intervenções no trânsito.
Adenilton Júnior, presidente da ASTRAM, afirma que “essa contratação só vai trazer despesas ao erário público. A empresa contratada vai propor soluções que, com certeza, já estão no âmbito de projetos da Transalvador e que necessitam apenas serem efetivados. Esse dinheiro deveria ser investido em melhores condições de trabalho para os servidores e em educação para o trânsito”.
Segundo pesquisa da ASTRAM, existe no quadro da Transalvador técnicos, com mais de 20 anos de experiência, que são altamente qualificados para propor soluções de mobilidade. Em agosto, aconteceu na UFBA a formatura da primeira turma do Curso Superior em Tecnologia: Transporte Terrestre – Gestão de Transporte e Trânsito, tendo 12 servidores da Transalvador entre os formandos. Agora em dezembro, 50 servidores estarão concluindo, pela UNEB, a pós-graduação em Gestão de Trânsito.
Gilberto Bonfim, diretor da ASTRAM, comenta que ações como essa da prefeitura, tomadas sem qualquer consulta junto aos servidores, desmotivam a categoria. “Os mais antigos estão se sentindo obsoletos e os mais novos, mesmo com a capacitação continua, estão sem oportunidades de colocar em prática o que aprenderam na academia”, informou.
“Desculpem, mas é impossível que todos estes servidores citados não tenham capacidade para propor e colocar em prática soluções que melhorem a mobilidade na nossa cidade. A solução para esse problema passa pela valorização dos profissionais que já estão na esfera pública e se já temos a Fundação Mário Leal Ferreira, responsável pelo planejamento urbano da prefeitura, para que contratar um escritório de engenharia de trafego? Na nossa análise, será apenas para jogar dinheiro fora”, concluiu o presidente da ASTRAM.
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