“Prefeito ACM Neto não sabe da indústria de multas que a Transalvador tem na cidade”, afirma João Henrique

João Henrique é o mais novo integrante do Partido da República (PR). O ex-prefeito de Salvador oficializou sua filiação no inicio da semana. Resta saber qual aspiração política o ex-chefe do Executivo Municipal pretende disputar se candidatar a prefeito ou a vereador de Salvador, João Henrique que teve todas as contas rejeitadas dos seus últimos quatro anos a frente de Salvador, não perde a oportunidade para alfinetar a gestão de ACM Neto.
Em recente entrevista ao site Bahia Prime, João Henrique teceu duras críticas a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). Para ele, o órgão não tem realizado ações educativas para os motoristas que trafegam por Salvador. “O órgão está mais preocupado em arrecadar do que educar. A função educativa está perdendo espaço para função arrecadadora”, afirmou ao ressaltar que as ações de educação no trânsito na capital estão sendo mais realizadas pelo Detran, que tem responsabilidade estadual, do que pela Transalvador, que tem “poder” municipal.
O ex-prefeito não perdeu a oportunidade para fazer um alerta para o atual gestor, ACM Neto, sobre a prática do órgão. “Creio que o prefeito não sabe da indústria de multas que a Transalvador tem na cidade. Eu fui prefeito e sei como acontece. Eu acho que o prefeito nem tem conhecimento da enxurrada de multas que está sendo aplicada pelo órgão”, esclareceu.
Confira a entrevista completa:
‘Transalvador está transformando a capital em uma fábrica de multas’, dispara João Henrique
Muitos motoristas da capital baiana reclamam sobre as proibições e taxações feitas pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). Reclamações essas defendidas pelo ex-prefeito da capital baiana, João Henrique. Em entrevista ao Bahia Prime, o ex-gestor municipal afirmou que a “Transalvador está transformando a capital em uma fábrica de multas”.
Para João Henrique, o órgão não tem realizado ações educativas para os motoristas que trafegam por Salvador. “O órgão está mais preocupado em arrecadar do que educar. A função educativa está perdendo espaço para função arrecadadora”, afirmou ao ressaltar que as ações de educação no trânsito na capital estão sendo mais realizadas pelo Detran, que tem responsabilidade estadual, do que pela Transalvador, que tem “poder” municipal.
O ex-prefeito aproveitou para alertar o atual gestor, ACM Neto, sobre a prática do órgão. “Creio que o prefeito não sabe da indústria de multas que a Transalvador a cidade. Eu fui prefeito e sei como acontece. Eu acho que o prefeito nem tem conhecimento da enxurrada de multas que está sendo aplicada pelo órgão”, esclareceu.
Ainda durante a entrevista, João Henrique afirmou que o número de radares instalados nas ruas da cidade é excessivo. “Praticamente, todo sábado pela tarde, que tem um movimento menor de veículos nas ruas, é possível identificar a instalação de um novo radar em Salvador. É uma quantidade excessiva. Isso faz com que tenhamos a conclusão de que a Transalvador optou pela arrecadação de taxas e multas, do que pela educação”.
Privatização da zona azul
A Prefeitura de Salvador solicitou através do Diário Oficial do Município (DOM), propostas de empresas para administrar 7.392 vagas de estacionamento, pertencentes à zona azul, atendendo uma lista de exigências, como por exemplo, a construção de edifícios-garagem robotizados ou garagens subterrâneas tendo como prioridade os bairros da Barra e do Rio Vermelho.
Questionado sobre a privatização das áreas de zona azul, João Henrique revelou ver a decisão com preocupação. “Estou vendo isso com muita preocupação porque cerca de 3 mil guardadores perderão seus empregos e são pessoas com a faixa etária de aproximadamente 50 anos, que dificulta conseguir uma outra ocupação. Há expectativas que as empresas façam novas contratações de pessoas mais jovens”, disse.
Porém, o secretário de Mobilidade, Fábio Mota, garantiu que não haverá demissões e que a empresa vencedora da licitação terá que contratar a mão de obra que já atua no sistema. Mesmo assim, o presidente do Sindicato dos Guardadores e Lavadores de Veículos Automotores do Estado da Bahia (Sindguarda), Melquisedeque de Souza, teme a decisão de privatização.
O ex-prefeito ainda revelou estar preocupado também com um possível aumento nos preços, que hoje são de R$ 3 até 2h, R$ 6 até 6h e R$ 9 até 12h, tendo o horário de funcionamento das 7h às 19h, de segunda à sexta-feira, e das 7h às 13h, aos sábados. Domingo não é feita a cobrança. “O que me preocupa também é a questão dos preços. Atualmente é regulado juntamente à prefeitura, mas quando houver a privatização, as empresas podem aplicar preços maiores”, ressaltou ao alertar que a privatização deveria ser acompanhada de perto pelo Ministério Público para que não haja abusos. 

Disputa pela privatização
Apenas duas empresas enviaram propostas à Prefeitura, são elas: a baiana Boulevard 161 e a paulista Hora Park, que já atua no ramo em São Paulo. O edital de licitação deverá sair em pelo menos um mês e a proposta deverá ser concluída em aproximadamente cinco meses. “Findo este prazo, será realizada uma licitação para concessão do serviço de estacionamento nos moldes do projeto e demais estudos que forem apresentados neste PMI”, esclarece a Semob.
Fonte: Bahia Prime

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