Policiais federais de 26 Estados e o Distrito Federal aderiram à greve convocada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), desde a última terça-feira. Os servidores pedem a reestruturação da carreira dos agentes, escrivães e papiloscopistas, melhoria salarial e concursos para os cargos do plano especial de cargos (PEC).
Segundo o Conselho da Federação Nacional dos Policiais Federais, a expectativa é que o efetivo seja reduzido em 70%, o que deverá prejudicar o trabalho de emissão de passaportes, as investigações e os serviços de delegacia. Apenas as operações de fiscalização nas fronteiras, aeroportos e portos devem ser mantidas.
Bahia – Policiais federais da Bahia decidiram em assembleia na última segunda-feira (6) aderir à paralisação nacional da Polícia Federal, que começou na terça-feira (7), segundo informações do Sindicato dos Policiais Federais do Estado da Bahia (Sindipol). Para marcar o começo da mobilização, os policiais entregam as armas às 10h, de maneira simbólica.
Durante a paralisação, os policiais param as investigações e suspendem os serviços de atendimento ao público, como atendimento a estrangeiros, controle de empresas de vigilância, bancos e produtos químicos, entre outros.
Os policiais também vão reforçar a fiscalização no aeroporto, deixando-a mais rigorosa (operação-padrão). Normalmente, a abordagem aos passageiros costuma ser por amostragem, para agilizar o processo. Já durante o movimento, vão ser fiscalizadas todas as pessoas que embarcarem e desembarcarem de voos internacionais, o que deve causar maiores filas.
Salários atuais – A remuneração dos escrivães, papiloscopistas e agentes varia de R$ 7 mil a R$ 11 mil e a dos delegados e peritos vai de R$ 13 mil a R$ 19 mil. Em todos os cargos, é necessário o nível superior.
A greve foi proposta pelo Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que acusa o governo federal de não apresentar mudanças referentes à reestruturação da carreira e dos salários dos policiais até o dia 31 de julho, depois de três anos de negociação. O movimento também quer a saída do atual diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra.
“Sabemos que qualquer movimento de greve traz dificuldades à vida das pessoas, mas queremos minimizar esses impactos e ter o apoio da população”, diz o presidente do sindicato nacional, Marcos Wink.
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