Falta de estacionamento privado, condomínios sem vagas e comércios irregulares são as principais motivações para a invasão. Enquanto isso, a Superintendência de Trânsito da cidade (Transalvador) assume que há falta de guincho para solucionar o caso e pedestres reclamam da má fiscalização.
Na Avenida Vasco da Gama, próximo à ladeira Manoel Bonfim, clientes de lojas especializadas em aparelhos de som automotivos ou películas para vidros ocupam o estreito passeio com seus respectivos veículos.
Moradora do Engenho Velho da Federação, Adelaide Barreto, 31 anos, conta que já teve o braço machucado por um motociclista. “Fui buscar minha filha na escola e, como não tinha espaço no passeio, tive que andar pela rua. Um motoqueiro veio com tudo e levou meu braço. Fiquei com o cotovelo esquerdo inchado por quase duas semanas”, lembrou.
Na ladeira da Cruz da Redenção, Brotas, a situação é semelhante. No início da manhã, e durante a noite, veículos de moradores do local tomam os espaços das calçadas impedindo o acesso dos pedestres. “De tarde é bem tranquilo, mas de manhã e à noite a situação se complica. Na ladeira tem muitas casas e pequenos prédios sem estacionamentos e os moradores deixam os carros nas ruas. É um horror”, disse o morador Sérgio Carvalho, 22.
As calçadas da Avenida Djalma Dutra também ficam tomadas por veículos. O mesmo acontece com a orla da Boca do Rio e no Engenho Velho de Brotas.
O diretor de trânsito da Transalvador, Marcelo Correia, diz perceber que o fato ainda acontece em diversos bairros de Salvador, mas garante que o corpo de fiscalização está sendo reorganizado para intensificar as ações. “A Transalvador não está sendo tolerante com este fato, mas não posso negar que ainda é fácil encontrar carros estacionados em calçadas de forma irregular”, declarou.
Ele ressalta que a falta de guincho também é um fator que contribui para as irregularidades. “Estávamos sem guincho, mas na semana passada entramos com licitação e conseguimos dois novos. Hoje temos três guinchos para a cidade. O problema é que a maioria das vezes eles são destinados para rebocar veículos envolvidos em acidentes, o que é prioridade”, afirmou.
Correia assume que o número de guinchos é pequeno para o tamanho da cidade. “Sei que é um número pequeno, mas pretendemos aumentar em breve. Gradativamente, o trabalho será mais eficaz. Um exemplo disso foi no Carnaval, quando rebocamos muitos veículos estacionados em locais irregulares”, lembrou.
Segundo a Transalvador, o combate aos estacionamentos irregulares foi feito na Barra, centro da cidade e Comércio. As próximas ações devem ocorrer na Avenida Vasco da Gama e Baixa de Quintas.
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