“Os serviços de segurança viária e proteção da vida no trânsito da capital baiana estão prejudicados pelo contingente insuficiente nos quadros de agentes de trânsito”. Essa declaração feita pelo presidente da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município – ASTRAM, Luiz Bahia, ao comentar sobre a negativa da gestão municipal em convocar os aprovados no concurso de 2019 para a Transalvador.
Diante da necessidade por conta de mais de 170 (cento e setenta) vacâncias no órgão – de acordo com quantitativo de agentes estabelecidos por lei aprovada em 1998 – e das iminentes aposentadorias nos próximos meses, mais de duzentos profissionais aprovados poderiam ser convocados a servirem à cidadania soteropolitana, mas foram preteridos pela Prefeitura sob alegação de riscos punitivos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Temos mais de cem processos de aposentadoria em curso sem deferimento e mais de cento e vinte colegas que reúnem condições para suas aposentadorias nos próximos meses. Enquanto isso, mais de duzentos aprovados no concurso tiveram seus sonhos interrompidos porque a Transalvador e a Prefeitura não demonstraram sensibilidade com a cidade. Ficaremos com um quadro funcional deficitário e isso impactará diretamente na mobilidade da cidade. Fluidez, combate à alcoolemia e proteção da vida foram negligenciados pela administração municipal. O trabalho vai ficar prejudicado com esse déficit de pessoal diante de tantas situações na cidade, principalmente com o aumento significativo de eventos festivos”, enfatizou Bahia.
Concurso – Apesar da mobilização dos aprovados durante os anos seguintes ao concurso de 2019, a gestão da Transalvador e Semob não apresentaram planos para substituições das mais de 170 (cento e setenta) vacâncias nos órgãos. Apesar da alegação da Prefeitura de que a LRF impedia a convocação dos aprovados, no último dia possível, fora feito o chamado para guardas civis municipais que lograram êxito no mesmo certame. “Aprovados na mesma condição foram chamados e aqueles que seriam futuros colegas agentes de trânsito deste mesmo concurso foram ‘esquecidos’ pela Prefeitura, Transalvador e Semob. Incoerência gritante”, concluiu, Bahia.
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