Trinta e dois radares foram reprovados pelo Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), após fiscalizações, este ano, em vias da Bahia. Destes, 18 foram em ruas e avenidas de Salvador. Os dados foram obtidos por levantamento feito por A TARDE no Portal de Serviços do Inmetro nos Estados (Psei).
Entre eles está o radar da Av. Paralela (sentido aeroporto), que multou um Monza 96 por transitar a 368 km/h. Este equipamento foi interditado na última terça-feira pelo Ibametro, que identificou que o aparelho não registrava imagens de veículos que passavam acima da velocidade em três das cinco faixas da via.
A Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) identificou, além do caso do Monza, outras 23 situações (registradas em 14 radares) de erro do sistema. Segundo o titular do órgão, Fabrizzio Muller, todas as multas foram retiradas.
No entanto, por conta destas “falhas”, a Associação Baiana de Proteção aos Proprietários e Condutores de Veículo Automotor (ABCV) solicitou a suspensão da operação de fiscalização eletrônica de Salvador.
Para o presidente da entidade, Clezer Costa, todos os equipamentos devem passar por nova aferição. “O problema são os carros multados por trafegar a 100 km/h. Será que o radar está correto?”, questiona.
Muller descartou a possibilidade de suspender a fiscalização eletrônica e garantiu que não há problemas quanto à medição de velocidade. “Tanto que o problema encontrado no radar foi de imagem, não de velocidade”, ressaltou.
Muller afirmou que já cobrou os reparos da empresa responsável (Velsis) e solicitou que entre em contato com o Ibametro para fazer nova inspeção nos 14 aparelhos. “É só uma forma de precaução, eles estão funcionando normalmente”.
Após a reprovação, o diretor-geral do Ibametro, Randerson Leal, explica que todos os equipamentos são interditados para que os problemas sejam corrigidos.
Erro
O superintendente da Transalvador afirmou que o erro ocorrido nos 24 casos não foi dos radares, mas do sistema que registra as informações. Segundo ele, os radares enviam ao sistema, a cada hora, uma imagem teste.
“É uma forma de avisar que está funcionando. Por isso, simula uma velocidade acima de 300 km/h, que é impossível, para evidenciar que é teste”, diz. No entanto, nos 24 casos, os filtros do sistema não identificaram que era uma imagem-teste. “Identificado o problema, elas foram canceladas e os condutores não precisam entrar com recurso”, disse.
Quanto à reprovação dos aparelhos pelo Ibametro, ele diz ser normal. “Antes de ir à operação, eles são aferidos e podem apresentar um pequeno problema, que é corrigido. Se não houvesse esse risco, não precisava de aferição”.
Com exceção das multas geradas a partir do erro do sistema, as demais notificações registradas pelo equipamento interditado na Paralela estão valendo. “O problema foi na captura da imagem, não na velocidade”, pontua Randerson Leal.
Fonte: Portal A Tarde
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