Em greve desde o dia 15 de março, os servidores municipais de Salvador participaram de uma reunião nesta sexta-feira (1°) com a prefeitura. Como não houve acordo no encontro, a categoria aunicou a continuidade da greve.
Segundo o Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindiseps), não houve acordo sobre o corte salarial da categoria, além dos pedidos de reajuste salarial e no auxílio-alimentação.
O Sindiseps informou que a prefeitura manteve a sua posição de bloquear os salários dos servidores, reiterou que haverá cortes dos dias não trabalhados e negou a proposta do sindicato que era de desbloquear os salários dos servidores caso a categoria compensasse as horas não trabalhadas durante o período da greve.
Já a Secretaria Municipal de Gestão (Semge), que faz a intermediação entre prefeitura e servidores, disse que os salários não foram bloqueados. Informou que a prefeitura tem até o quinto dia últil do mês para fazer o pagamento aos funcionários e que ainda não repassaram o salário pois foi necessário fazer um reprocessamento na folha, já que os dias não trabalhados foram descontados.
A Semge confirma a proposta do sindicato sobre a compesação de horas e diz que não aceitou, mas fez uma contra-proposta. Nela, a prefeitura indicou que parcelaria as faltas da categoria em três meses, mas eles não aceitaram a proposta da prefeitura e com isso, o impasse continua.
O Sindiseps disse que uma nova assembleia está marcada para terça-feira (5), na frente da Câmara Municipal, localizada no Centro Histórico de Salvador.
Protesto
Na quinta-feira (31), os servidores municipais de Salvador chegaram a fazer uma caminhada até a prefeitura, após assembleia que decidiu pela manutenção da paralisação da categoria. Segundo o sindicato, cerca de 300 pessoas participaram da manifestação. A Polícia Militar disse que foram 200.
A decisão de manter a greve foi realizada na manhã de quinta-feira, no ginásio do Sindicato dos Bancários, centro de Salvador. A categoria pede um reajuste salarial de 17%.
Além disso, na terça-feira (29), durante o evento de inauguração da revitalização da Estação da Lapa, os servidores municipais fizeram um protesto. Na ocasião, o coordenador geral do Sindiseps, Everaldo Braga, denunciou que seguranças jogaram “spray de pimenta” nos trabalhadores e houve tumulto.
A assessoria da Prefeitura de Salvador afirmou que o “spray de pimenta” foi disparado por um dos integrantes do protesto, que não foi localizado. Durante o evento, os servidores entoaram gritos de protesto contra o que classificam como falta de negociação da prefeitura.
Fonte: G1 Bahia
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