Chamadas na caixa eletrônica e sensação de estar sendo evitado. Essa é a dificuldade enfrentada pelo Bocão News para esclarecer dúvidas que pairam na imprensa e na população de Salvador sobre o contrato milionário entre a prefeitura e a empresa Trafit, especializada na construção de semáforos. Procurados, o secretário dos Transportes, José Carlos Aleluia e o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Müller, não atenderam as ligações na manhã desta segunda-feira (06).
No último dia 04 de maio o site questionou os valores do contrato que giram em torno de R$ 1,5 milhão para “oito intervenções semafóricas e 500 cruzamentos”, segundo a única fonte que falou com a reportagem: Mário Flores. Ou melhor, Mário Eugenio Flores Carneiro, primo de João Henrique e proprietário da Trafit. Uma fonte que pediu para não ser identificada alertou quanto ao fato de o contrato milionário vir de alguém que tem parentesco com o prefeito que enfrentou um índice de 79% de rejeição ao seu mandato, segundo o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). Além de ter suas contas de 2010 rejeitadas na Câmara.
Obviamente, Mário Flores, como é conhecido, não pode ser abertamente comparado ao primo. Mas, o fato é que, diante dos processos que responde ao Ministério Público na cidade de Itajaí, em Santa Catarina, por comodato e em Piraí, no Rio de Janeiro, por “caos urbano”, é de no mínimo acender o sinal de alerta. Até porque, em Salvador, a Trafit já completa seus dez anos de contrato assegurados pela inexigibilidade de licitação.
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