A duplicação da Avenida Pinto de Aguiar, cuja ordem de serviço foi assinada nessa segunda-feira (20/5) pelo governador Jaques Wagner, vai custar R$ 17 milhões apenas em desapropriações na região.
O projeto, que prevê seis faixas (três por sentido), conforme o governador, terá o objetivo de servir como uma via alimentadora entre as avenidas Paralela e Otávio Mangabeira.
De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), responsável pela obra, milhares de hectares serão desapropriados dos dois lados da pista.
Construções irregulares, como os bares, áreas verdes, borracharias e até fachadas de motéis devem ceder espaço para a execução do projeto, cujo investimento total é de R$ 62 milhões com financiamento do BNDES através do Pró-Investe.
Moradores e proprietários de bares e borracharias mostraram desconhecimento sobre as possíveis desapropriações.
“Aqui ninguém me falou nada, não”, comentou a dona de um bar próximo ao evento escolhido para a formalização da ordem de serviço.
Segundo o governador Jaques Wagner, a obra é uma das quatro que foram autorizadas este ano para melhorar a mobilidade da capital baiana, entre elas a implantação de viadutos que ligarão o bairro do Imbuí à Narandiba, a duplicação da BR-324 e a construção de quatro passarelas na Via Expressa Baía de Todos os Santos. Juntas, somam R$ 174 milhões.
Ciclovias nos dois sentidos, urbanização, paisagismo e passeios largos estão previstos no projeto, que tem prazo de execução de 12 meses. Duas faixas das seis existentes no projeto poderão servir para o sistema de BRT.
Metrô na linha – O titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Cícero Monteiro, destacou que a reforma vai facilitar um corredor para o subúrbio, passando pela Avenida Gal Costa, além de alimentar o sistema Metroviário da Linha 2, que será construído na Avenida Paralela através de parceria público privada.
O edital de licitação para a Linha 2 será lançado na próxima sexta-feira (24). “Esta duplicação da Pinto de Aguiar será a primeira ligação direta do Subúrbio com a Orla de Salvador”, afirmou.
Especialistas pedem mais vias – .O presidente do Sindicato dos Engenheiro Ubiratan Félix ressalta que a obra é necessária, mas lembra o crescimento nacional de veículos por ano é de 115%, o que “significa dizer que a cada sete anos precisa dobrar o número de vias”.
Segundo o engenheiro, a Avenida Pinto de Aguiar é um local complicado por ter ocupações nos dois sentidos, sendo uma delas área de proteção ambiental do parque de Pituaçu. “O que Salvador precisa são mais vias que liguem a orla à BR-324, como é previsto com a Avenida 29 de março. É importante, mas é preciso a criação de mais vias com mais agilidade”, pontua. Já a especialista em trânsito Cristina Aragon considera o projeto necessário “apesar de ser complicado”, afirmou.
Fonte:
http://www.tribunadabahia.com.br/2013/05/21/so-as-desapropriacoes-para-as-obras-da-av-pinto-aguiar-custam-r$-17-milhoes
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